11 de janeiro de 2010
Clarice,
Isto não será uma resenha, apenas minhas impressões sobre o livro do norte-amareicano Benjamin Moser, sobre a nascida ucraniana, brasileira demais, Clarice Lispector.
Há algum tempo eu não terminava um livro com tanta nostalgia, uma vontade de chorar...e vocês devem estar se perguntando: então o livro é ruim? NÃO, de forma alguma, o livro é um dos melhores que eu li nos últimos tempos. A questão é quando você ama alguém é muito triste saber do seu sofrimento, e foi por isso que eu terminei o livro arrasada, pela identificação da Clarice mulher, que amou, que sofreu literalmente desde o ventre materno, que também foi mãe, teve seus momentos de felicidade, não preciso aqui falar do gênio que foi a escritora Clarice Lispector, uma mulher, judia, eternamente a procura do seu Deus, O qual ela achava que a havia abandonado desde a infância, aqui em Recife, quando ela perdeu a mãe...talvez mesmo antes.
E depois que eu terminei de ler fiquei me perguntando sobre minhas similaridades, poucas, muito poucas, com Clarice, e de como eu me identifiquei com muito do que ela passou, sofri junto com ela. Aí eu lembrei de uma pessoa que eu gosto muito dizendo que não acreditava em amar o que não conhecemos. Eu discordo amamos sim, podemos não conhecer no sentido de convivência, mas há vários tipos de amor, até mesmo o amor por quem não conhecemos tão de perto, tão intimamente. Eu era muito pequena quando Clarice morreu, mas minha admiração fez com que eu quisesse conhecê-la, e do pouco conheceimento que tenho, inclusive dos defeitos dela, eu passei a amá-la. Isso acontece com várias pessoa que por exemplo eu conheci aqui pela internet, algumas eu gosto, sinto carinho, outras eu simpelsmente amo, e amor não se explica, se sente!
O autor é um apaixonado por Clarice, isto você sente em cada página do livro, e como eu disse a minha amiga Heci que o entrevistou: é um fofo, ela concordou na mesma hora. Ele não consegue decifrar Clarice, e quem conseguiu?! Mas nos faz conhecer mais sobre a vida dela, seja aqui em Recife, no Rio de Janeiro ou nos muitos países que ela viveu quando foi casada com um diplomata. E de quebra gostei da forma como ele descreveu Recife, prova que ele não só esteve aqui como conviveu com pernambucanos da gema.
O livro está a venda nas melhores livrarias, vão lá e leiam. Aproveito para deixar o link da entrevista que minha amiga, que também é uma apaixonada por Clarice, fez com o autor: http://www.dcomercio.com.br/especiais/2009/clarice/. Foi ela que me deu o livro!
Super beijo e bom início de semana para todos. Be happy people. God bless you. xxx
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5 comentários:
Que legal esse livro. Admiro Clarice, mas sei muito pouco sobre ela. Tenho um livro em casa, mas não lembro se li até o fim. Agora me deu vontade de procurá-lo e ler novamente. Bjks e boa semana!!!
Este seu post, aguçou a vontade de conhecer um pouco mais sobre Clarice. Na Sala de Leitura, onde trabalho temos um bom acervo das obras dela. E realmente ela é admirável e a frente do seu tempo. Bjs!!
Acabei há poucos dias de ler tb o livro de Moser. A impressao que tive foi exatamente a mesma que a tua, um aperto no coraçao, a solidariedade com alguém que como ela mesma disse:"meus livros fizeram com que muitos me amem de longe". Tb eu era pequena quando Clarice morreu, porém cada vez mais me aproximo de sua obra. A leio constantemente. Quero inclusive reler a biografia de Moser. Moro fora do Brasil ha muitos anos e nem sempre tenho os seus livros à mao. Mas como os textos de Clarice sao infinitos, sempre tenho o que ler dela.
Acho até que formamos um "grêmio" de "discípulos" que a acompanhamos pela existência afora.
Beijos e parabéns pelo teu blog.
Solange.
Ainda muito triste; passei só pra te deixar um beijo!
Jan querida, que livro interessante. Estou aqui super curiosa pra ler tb :-)
Como você está?
Final de março chego em REC, vamos Amaia e eu e ficamos até meados de abril.
Um cheiro querida,
Lu
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