Estava eu aqui, pensando na morte da bezerra, expressão que muito usamos quando estamos pensativos seja por algo sério ou algum motivo cretino, quando pensei, tenho que retornar ao pernambuquês, porque cada vez mais as pessoas não conseguem me entender. Logo eu!
com a moléstia dos cachorros doidos - ou seja alguém que está completamente inspirado, fazendo coisas inimagináveis, ou seja, que está virado no mói de coentro (vide algum outro post de pernambuquês)
tá cá gota - quando a pessoa está com raiva de algo ou alguém. Ex: Fulano tá cá gota porquê sicrano quebrou o retrovisor do carro.
farrapêro - alguém que farrapa, não cumpri o prometido. Também pode ser o mesmo que dar o bolo. Ex. Fulano é farrapêro, marcou comigo no carnaval e não deu as caras.
muganga/muganguento - pessoa que faz caras e bocas e muitas palhaçadas, aqui também conhecidas como presepadas. Ex.: eu sou uma presepeira, confesso, adoro fazer mugangas.
continua...
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24 de fevereiro de 2012
13 de fevereiro de 2012
Pernambuquês, vai encarar?
Hoje serão mais expressões idiomáticas, preparem-se:
"do tempo do ronca" - algo muito antigo, velho; Ex: o carro russo lada samara é do tempo do ronca!
"mais velho que a Sé de Olinda" - a igreja sede da arquidiocese de Olinda e Recife nem assim tão velha, mas a expressão é usada tal e qual o tempo do ronca, quando queremos dizer que algo já passou do ponto faz tempo.
"caixão e vela preta" - quando não tem jeito, a pessoa está lascada e não tem saída, pode ser substituída por fodido e mal pago, mas esta é mais irreversível. Ex; Fulano foi pego pela namorada com outra, agora é caixão e vela preta.
"suando mais que tampa de chaleira" - é uma expressão literal, é só olhar a tampa de chaleira quando a água ferve. Ex. Neste exato momento eu estou suando mais que tampa de chaleira.
"mais quebrado que arroz de terceira" - a pessoa está literalmente quebrada, cansada demais, toda moída, ou seja exagerou no carnaval vai acabar mais quebrado que arroz de terceira.
"do tempo do ronca" - algo muito antigo, velho; Ex: o carro russo lada samara é do tempo do ronca!
"mais velho que a Sé de Olinda" - a igreja sede da arquidiocese de Olinda e Recife nem assim tão velha, mas a expressão é usada tal e qual o tempo do ronca, quando queremos dizer que algo já passou do ponto faz tempo.
Igreja da Sé, em Olinda. |
"suando mais que tampa de chaleira" - é uma expressão literal, é só olhar a tampa de chaleira quando a água ferve. Ex. Neste exato momento eu estou suando mais que tampa de chaleira.
"mais quebrado que arroz de terceira" - a pessoa está literalmente quebrada, cansada demais, toda moída, ou seja exagerou no carnaval vai acabar mais quebrado que arroz de terceira.
25 de setembro de 2011
Bienal do Livro
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moi-même |
Só que na ida a Bienal em 2009 eu saí de lá com livros e uma frustração, não comprei uma camisa com expressões idiomáticas pernambucanas porque só tinha número grande e quem me conhece sabe que eu só uso camisas estilo baby-look. Mas este ano, voilá, tinha e exatamente a que eu queria, com umas das expressões que mais parecem comigo. E cá estamos eu e minha nova camisa, ou seja mesmo sem novidades, a Bienal do Livro é sempre muito boa!
13 de setembro de 2011
Falar pernambuquês é arretado!

Arretado1: muito bom, excelente, maravilhoso (que foi o sentido usado no título)
Arretado2: irritado, com raiva de alguém, também usamos com o mesmo significado puto ou puta (ex. eu estou arretada com você, mas Fulano está puto da vida!)
Arengar: brigar, discutir (ex: deixem de arenga, meninos!)
Mangar: rir de algo ou de alguém (ex: mainha, aquela menina está mangando de mim)
Caba (sem o r mesmo) é qualquer homem (ex. Eita caba bonito!!)
Interjeições de espanto: vôte uma corruptela de vou-te ou vai-te), ôxe (uma corruptela de oxente, que já vem do ô gente) e vixe (uma corruptela de Virgem, tipo: Vixe Maria)
Semana que vem tem mais.
22 de agosto de 2011
Pernambuquês III
![]() |
com o @rafinhabastos ontem à noite |
"É verdade que todo judeu é pirangueiro?"
E foi lindo ver o pernambuquês em plena ação no meio do teatro, quando ele, que é gaúcho radicado em São Paulo tentando entender o que raios significava pirangueiro.
Pirangueiro, do pernambuquês, pessoa mão-de-vaca, unha de fome, pão duro, mas todo mundo aqui só diz pirangueiro mesmo!
Aperreado , também muito usada aqui esta palavra nada mais é que preocupado, estou aperreado é o mesmo que dizer estou preocupada, aqui até temos uma camiseta turística que diz: "Xó, aperreio".
Acochado, é o mesmo que apertado, justo, podemos dizer que viemos no maior acocho dentro de um ônibus como dizer esta sua calça jeans é bem acochada, hein?
E uma expressão que quer dizer que tudo está perdido, que não temos o que fazer é a famosa: fudeu a tabaca de chola... esta nem vou traduzir que ela já é auto-traduzível.
19 de agosto de 2011
Pernambuquês II
Eu não trabalho na Globo, sendo muito sincera acho o jornalismo da Globo para lá de superficial, mas não deixo de admirar a produção e cuidado que eles têm com as novelas, em especial... ah é isso mesmo vou falar mais uma vez de Cordel Encantado, pela primeira vez uma novela usa o sotaque e expressões idiomáticas pernambucanas de forma completamente acertada, não tem como eu não falar!
Adorei quando a Rainha-Mãe foi chamada de Rainha-Mainha, sim porquê aqui não temos pai, mãe, avô e avó, temos: painho, mainha voinho e voinha, e eu adoro isso.
O fato de as pessoas não serem bobas e sim lesas, aqui ninguém diz, ah fulano como você é bobo, aqui dizemos: ó sicrano, mas você é leso mesmo, né?
O "visse" uma coisa completamente inventada, uma corruptela do viste, mas que é usado para tudo, exemplos: "tu visse ontem o jornal?" ou "mais tarde eu ligo para você, visse?", todo o mundo aqui usa o visse, é um vício de linguagem mesmo.
E os famosos quenga e rapariga, aqui uma puta é sempre uma quenga safada (uma redundância) e uma pessoa não é um filho da puta, mas sim um filho de rapariga.
Sem falar que as comidas são gerimum, macaxeira e outras mais, mas isto fica para um outro dia. No próximo post volto com o pernambucanês usados na novela
Adorei quando a Rainha-Mãe foi chamada de Rainha-Mainha, sim porquê aqui não temos pai, mãe, avô e avó, temos: painho, mainha voinho e voinha, e eu adoro isso.
O fato de as pessoas não serem bobas e sim lesas, aqui ninguém diz, ah fulano como você é bobo, aqui dizemos: ó sicrano, mas você é leso mesmo, né?
O "visse" uma coisa completamente inventada, uma corruptela do viste, mas que é usado para tudo, exemplos: "tu visse ontem o jornal?" ou "mais tarde eu ligo para você, visse?", todo o mundo aqui usa o visse, é um vício de linguagem mesmo.
E os famosos quenga e rapariga, aqui uma puta é sempre uma quenga safada (uma redundância) e uma pessoa não é um filho da puta, mas sim um filho de rapariga.
Sem falar que as comidas são gerimum, macaxeira e outras mais, mas isto fica para um outro dia. No próximo post volto com o pernambucanês usados na novela
19 de outubro de 2009
Arroz de Terceira

Eu não sou uma exímia cozinheira, na verdade eu sou uma cozinheira medíocre, mas isto não me impede de saber que arroz de terceira é muito quebradinho, e vocês devem estar se perguntando aonde eu quero chegar com esta conversa mole. Calma que explico. A questão é que hoje, segunda-feira, primeiro dia útil da semana e sem horário de verão em Pernambuco, eu estou mais quebrada que "arroz de terceira". Expressão muito usada por nóa aqui da terrinha quando queremos dizer que estamos cansados, com dores pelo corpo.
E tudo isso por causa do fim de semana, e antes que vocês pensem o melhor de mim, devo dizer que não se iludam, eu só estou assim porque decidi pintar uma parede lá da sala, a que não é branca (oi?), coforme vocês podem ver na foto, e aí claro que no outro dia eu estava com dores até no cabelo da cabeça, se é que vocês me entendem.
Mas na verdade estou escrevendo para comentar sobre as expressões que nós usamos aqui e que são muito divertidas e em alguns casos incompreensíveis para os que não são da região, ou mais especificamente pernambucanos.
Na Bienal do Livro tinha umas camisas super bacanas com algumas dessas expressões, mas nenhuma do meu tamanho, que raiva! As camisetas eram as seguintes:
O cão chupando manga (a que eu mais queria), esta expressão nós usamos muito quando queremos dizer que uma pessoa é muito boa em algo, neste caso elogiando, ou então quando a pessoa se acha muito boa em algo, neste caso zoando. Ex: Meu amigo é o cão chupando em informática ou Minha tia só quer ser o cão chupando manga, mas não sabe cozinhar nada. Entenderam os dois sentidos?! Esta expressão tem o mesmo sentido de: o cão do segundo livro. Por favor não me venham agora querer saber que livro é este que se eu souber eu choche (outra expressão muito usada)
A outra camisa era: Virado no moí de coentro alguém é ou está virado no moí de coentro quando está muito enraivecido com algo. Ex: eu hoje já cheguei virada no moí de coentro...ah e "moí de coentro" é literalmente uma molhinho de coentro =D.
A terceira e última era : Pensando na morte da bezerra está expressão usamos quando alguém está muito pensativo sem motivo aparente. Ex: João está ali no quarto pensando na morte da bezerra.
Outro dia volto com mais expressões típicas daqui de Pernambuco.
E tudo isso por causa do fim de semana, e antes que vocês pensem o melhor de mim, devo dizer que não se iludam, eu só estou assim porque decidi pintar uma parede lá da sala, a que não é branca (oi?), coforme vocês podem ver na foto, e aí claro que no outro dia eu estava com dores até no cabelo da cabeça, se é que vocês me entendem.
Mas na verdade estou escrevendo para comentar sobre as expressões que nós usamos aqui e que são muito divertidas e em alguns casos incompreensíveis para os que não são da região, ou mais especificamente pernambucanos.
Na Bienal do Livro tinha umas camisas super bacanas com algumas dessas expressões, mas nenhuma do meu tamanho, que raiva! As camisetas eram as seguintes:
O cão chupando manga (a que eu mais queria), esta expressão nós usamos muito quando queremos dizer que uma pessoa é muito boa em algo, neste caso elogiando, ou então quando a pessoa se acha muito boa em algo, neste caso zoando. Ex: Meu amigo é o cão chupando em informática ou Minha tia só quer ser o cão chupando manga, mas não sabe cozinhar nada. Entenderam os dois sentidos?! Esta expressão tem o mesmo sentido de: o cão do segundo livro. Por favor não me venham agora querer saber que livro é este que se eu souber eu choche (outra expressão muito usada)
A outra camisa era: Virado no moí de coentro alguém é ou está virado no moí de coentro quando está muito enraivecido com algo. Ex: eu hoje já cheguei virada no moí de coentro...ah e "moí de coentro" é literalmente uma molhinho de coentro =D.
A terceira e última era : Pensando na morte da bezerra está expressão usamos quando alguém está muito pensativo sem motivo aparente. Ex: João está ali no quarto pensando na morte da bezerra.
Outro dia volto com mais expressões típicas daqui de Pernambuco.
p.s Foto com a parede "cor de burro quando foge" (outra expressão, claro!)
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