Discordâncias

Terminei de ler o livro "Doidas e Santas", posso dizer que gostei de 90% das crônicas, algumas eu realmente poderia ter escrito, desculpa Martha, mas tem horas que eu penso igualzinho a você, outras nem tanto. Como por exemplo na que ela falou sobre o livro biográfico Tête-à-Tête, que narra a vida de Simone de Beauvoir e Sartre, mas aí é um questão de como eu e ela encaramos os fatos, ao falar deste livro, ela fez menção a um outro que eu simplesmente amo, que é Cartas a Nelson Algren.

Estas cartas me fizeram há alguns anos acreditar que o amor existe mesmo e que vale muito a pena ser vivido, e principalmente, fizeram com que eu percebesse que por trás da feminista/existencialista Simone de Beauvoir havia sim uma mulher igualzinha a mim, com os mesmos medos, inseguranças e que encontra o amor da sua vida e não sabe o que fazer... nisso eu ganho dela, se eu encontro a mor da minha vida eu me entrego completamente a ele, eu só quero amar e ser amada...mais nada.

Ela (Simone) por um lado tinha a sua relação com Sartre, e toda uma vida intelectual em Paris, Nelson estava em Chicago e naquela época estas distâncias eram maiores, mas mesmo assim não só o livro dela, como também a biografia mostram que mesmo que tenham rompido de uma forma triste, nunca deixaram de se amar.

Ela morreu com um anel (desses que não valem nada) que ele havia dado a ela como símbolo do amor deles no dedo. E ele morreu sozinho, mas, coitado, passou mal após um jornalista desavisado ter falado sobre Simone... enfim.

Ah sei lá, pode até ser que a Martha esteja certa e eu que sou romântica demais, amorosa demais, veja tudo com outros olhos, que seja, eu prefiro sempre enxergar as coisas sob a ótica do amor.

Boa semana a todos.