Sim, vou falar sobre Cinquenta Tons de Cinza, o filme. Só que antes vou mais uma vez falar sobre livros, just in case. Gosto de ler desde criança, meu primeiro livro, que tenho até hoje chama-se A Vaca Voadora, e é muito bom. Tenho também até hoje livros como O Escaravelho do Diabo e a Ilha Perdida. Na adolescência passei a ler livros como O Cortiço e me apaixonei pelo primeiro personagem literário Heathcliff do Morro dos Ventos Uivantes. Lia também as revistas Julia, Sabrina e Bianca e lembro que uma vez um professor de literatura disse que tínhamos que ler ao menos uma página por dia, do que fosse, e eu morta de vergonha disse que lia estas revistas, ele riu e disse continue lendo tudo o que você gostar, mas leia.
Meu gosto literário na fase adulta vai de Beauvoir e Garcia Marquez, as irmãs Brontë, até toda a Saga Crepúsculo e Cinquenta Tons de Cinza, basta vocês clicarem na TAG livros na área direita do blog que vocês vão ver. Imaginem minha empolgação, depois de me apaixonar pelo vampiro Edward Cullen, saber que uma fã da série havia escrito livros para adultos como uma homenagem a Saga. Pois foi isso que a E.L. James fez. Claro, eu caí de amores por Christian Grey. A única coisa que me chateou é que eu percebi que é mais fácil eu encontrar um vampiro pulando carnaval aqui em Recife, do que um Christian Grey, pobre de mim.
Esperava há mais de dois anos por esse filme, mas a espera mais que valeu a pena, o filme não é só sobre sexo, ou uma relação BDSM, é uma história de amor. E com relação ao sexo e às relações BDSM, entre quatro paredes, tudo que for consensual para mim está valendo, não julgo ninguém.
Eles foram fiéis ao livro, cuidadosos, o Jamie Dornan que interpreta Christian Grey está perfeito e lindo, e finalmente de cara eu gostei de um ator que dá vida a um personagem literário que eu amo. A Dakota Johnson que dá vida a Ana Steele está muito bem, eu tinha medo que ela fosse uma Kristen, em Crepúsculo. A trilha sonora é perfeita. Os diálogos seguem bem direitinho o que a autora do livro criou. Eu não pretendo ser uma crítica de cinema e claro que falo como uma fã de Cinquenta Tons. Mas o que me irritou em algumas críticas que li foi o fato de tratarem as pessoas que estão gostando do filme, assim como gostaram do livro como idiotas ou inferiores. Acho o cúmulo do preconceito e do esnobismo você achar que só quem lê Kafka (já li) é inteligente, ou então só quem assiste cinema europeu tem alguma noção do que é bom (tenho zilhões de DVD's franceses, alemães e ingleses, mas confesso que o cinema que eu amo é o argentino.
Então menos preconceito, arrogância e baboseira, por favor. Respeito é bom, e nós, fãs de Cinquenta Tons gostamos. E se você ainda não viu o filme por ter lido críticas negativas ou estar com vergonha, esqueça, e corra para o cinema. Mr. Grey estará lhe esperando...
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